Jhony Santos de Oliveira, 22 anos, funcionário público, nascido dia 12/01/1990
em Cabo Frio/RJ com mielomeningocele, uma lesão neuromuscular. Levei sempre uma
vida normal, sempre fui acompanhado em hospitais do Rio de Janeiro, tais como o
Instituto Fernandes Figueira (IFF - Fiocruz) para tratar e acompanhar as
sequelas de mielo (bexiga neurogênia e hidrocefalia), ABBR (Assossiação
Brasileira Beneficente de Reabilitação) para acompanhamento fisioterápico até os
6 anos de vida e a partir deste, acompanhado apenas para consultas períódicas e
troca de órteses tipo calha para os pés e acompanhado também no INTO (Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia) para tratamento
ortopédico.Ao longo desses anos, realizei 3 cirurgias
ortopédicas, todas elas no INTO. Em 2000 cirurgia para correção de rotação da
perna direita, que era muito torta para o lado direito, em 2002 realizei
cirurgia do quadril para correção de uma luxação no mesmo. Neste mesmo ano dei
entrada na fila de espera para cirurgia de coluna, para correção de
escoliose.
Foram 9 anos e 10 meses de espera. Me internei dia 06 de
Maio de 2012, operei dois dias depois, dia 08 de maio. Foi realizada uma
atrodese posterior de T4 a Ilíaco. Foram necessarias 3 bolsas de sangue para
transfusão e 3 dias no CTI. Ao todo foram 11 dias de internação apenas. Depois
da alta hospitalar em 17 de maio, voltei para casa onde ainda sentia muitas
dores. Dores essas que eram fortes e só passavam com Dipirona Sódica. Elas só
foram embora por volta do dia 30 de Maio, 26 dias depois da cirurgia. Hoje, 4
meses depois da cirurgia, voltei à minha vida e atividades normais e só de vez
enquando sinto disconforto pelas astes e parafusos implantados, mas isso por ter
um biotipo magro.
Os principais beneficios da cirurgia, no
meu caso foram: A melhora na parte respiratória e melhora na parte urinária.
Essa última não me perguntem como, mas senti diferença depois da cirurgia, pois
como não tinha muita sensibilidade na bexiga (não sabia quando ela estava
cheia). Depois da cirurgia tinha essa sensação mais aguçada, embora os médicos
não tenham me dado certeza de que isso era realmente por causa da cirurgia. Mas
pra mim foi sim pois acho q a coluna estava comprimindo não só o meu pulmao, mas
tambem um pouco da bexiga
Meu principal medo da cirurgia era: ficar
paraplégico (pois o risco, apesar de mínimo, existe), de não conseguir realizar
algum movimento com a coluna, como flexão de tronco. Hoje em dia, depois desses
meses, ja me sinto mais confiante pra fazer determinados tipos de movimentos com
a coluna e se por ventura eu sinto alguma dor, volto para a posição correta e
elas cessam.
Uma dica importantíssima que eu dou pra quem vai operar,
principalmente pra quem é muito magro é: Tomem cuidado com as costas para não
abrir escaras por ficar muito tempo deitado. E se o médico permitir, mude de
posição a cada 1h ou 2h para evita-las, eu não pude mudar de posição e
infelizmente uma escara surgiu na minha lombar. (mas ela já fechou depois que me
liberaram pra mudar de posição!)
Linda sua História John,que você continue assim guerreiro e jamais perca essa vontade de vencer em sua vida,obrigada pelo depoimento,por compartilhar conosco sua história!!
Linda sua História John,que você continue assim guerreiro e jamais perca essa vontade de vencer em sua vida,obrigada pelo depoimento,por compartilhar conosco sua história!!